Jornal de Hoje – O alvo poderia até ser os servidores do RN, mas o pacote de medidas acabou atingindo mesmo foi a Justiça potiguar – e, consequentemente, a população. Pelo menos, na visão do presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do RN (Sisjern), Bernardo Fonseca, que na manhã deste sábado comandou a assembléia da categoria para discutir o anúncio de cortes em gratificações e cargos anunciados pelo novo presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Cláudio Santos. “O presidente deu um tiro não foi nos servidores não. Ele deu um tiro no Judiciário”, analisou Bernardo Fonseca, ao final de sua fala na assembleia, sendo aplaudido por uma multidão de servidores que lotaram o Tribunal do Júri, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, para discutir o tema.
A adesão em massa da categoria não foi por acaso. As medidas de austeridade anunciadas por Cláudio Santos mexem, diretamente, no bolso dos servidores do Judiciário. Alias, só no bolso deles, segundo informou Roberto Fonseca, uma vez que não corta vencimentos, nem benefícios de juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça. Além disso, ainda mantém a previsão de reajuste nacional de mais de 10% para os magistrados do Estado, beneficiados pelo escalonamento no aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Cláudio Santos se utiliza dessas declarações para fazer uma cortina de fumaça e se colocar enquanto Robin Hood às avessas: que tira do que ganha menos para dar a quem ganha mais. A tática que ele usa é esta. Cláudio Santos utiliza essa cortina de fumaça para escurecer o objetivo principal dele que é, depois, favorecer os que já ganham bem mais”, analisou o presidente do Sisjern.
Via Robson Faria
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